A infâmia
não nos persegue
não se faz nome nosso
não nos culpa
por uma gramática mendaz.
Tiramos uma carta ao acaso
os dados são atirados para a cratera
movemos a torre para a frente do bispo
sabemos onde está o sortilégio
só não sabemos como o podemos domar.
É a meã condição
o confisco do ser?
É a dependência do vício
em sucessivas voltas olímpicas,
o campanário da decadência?
Arrastamos a página ensombrada
e não resistimos ao seu caudal.
Oxalá houvesse dentro de nós
uma represa
e não fossem vícios
ou infâmias
a colonizar os dias eleitos.
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