Desliga o motor da desconfiança
lê os sinais de fumo do luar
a malapata é uma farsa sem provérbio.
Alimenta os obesos de ideias
terça o verbo afiado
contra os estetas de dietas cruéis.
Canta por dentro do átrio
até os versos distorcidos
na paleta onde se esconde o vulcão.
Não te dês aos talhos
foge dos punhais debruados a injúria
e admite os cães gastos no jardim recuado.
E se dormires no sopé da tarde
que sejam almirantes os sonhos
e não alucinações destemperadas.
As palavras todas fatiadas, todas janotas,
juntam-se à sede dos equinócios
e tudo soma um arroz que não deve a Baco.
Antes que o convés te arranque da letargia
as horas gastas sem paradeiro
a música cercando-te por todos os poros.
Está é a estultícia dos fracos
a forca onde são decepados
o sangue a esmo na estimativa dos segredos.
Até que do novo sejas arcano
e no olhar gasto te assenhoreies
das estrofes onde se embelezam os nomes.
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