O assunto
olha de lado
desconfiado
maroto
receoso
que o mudem de lugar
e que passe a ser
página datada
féretro
de toda a validade
passada.
O assunto
quer ser centrípeto
quer achas contínuas
para não deixar
de estar ateado
e sempre,
sempre
ser assunto.
O assunto
não tem medo
do que haveria de ser
o medo maior:
que de tanta presença
de tão quotidiano se tornar
seja reduzido
à indiferença.
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