As manhãs são claras
quando nós queremos.
Os malmequeres exibidos
destronam barragens
antes que do dormitório se levantem
os compadres destemidos
e ciciem
contra os rostos letargos
os candeeiros vetustos que ainda escrevem
velhas grafias.
No oceanário
viceja um ecossistema diametral
irradia uma luz singular
que descafeina as grandes ilusões do tempo.
A descrição dos mineiros das almas
são sempre parciais
metódicas farsas que dão sentido à mentira
agarrando o vento desbragado que entoa o Sul.
As tardes
escondem-se no silêncio dos gatos dormentes
a planura cheia de jarras
e os olhos vazios deitados
nas pétalas despojadas.
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