2.6.24

Biblioteca

De cada vez que atiras a mão

as lágrimas amotinadas retesam-se

como se as estradas perdessem as curvas

e de um pesar militante 

se fizesse silêncio.

 

De cada vez que recolhes a mão

o labirinto aperta a jugular

dissolve a voz prometida

e as danças amestradas sobem aos dedos

só para calarem o silêncio.

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