Um adeus salgado
desaprova a melancolia.
A floresta funda
desamanhece os animais
os ramos ainda crepitando de sono.
Um filão esconde-se no silêncio.
Sujas são as águas
povoadas pela fala domesticada
reservadas num enquanto hesitante
como se fossem um robe matinal.
O orvalho escreveu uma estrada
e sei que não desfalecem
os mapas autistas:
se seguir as mãos superlativas
elas levam-me à harpa
que enfeitiça a História.
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