Ainda não
afogo os instintos
hesito
o dia errado em flor
e eu
refém do quê
involuntário do saber
meço as peças do arrependimento
só para me arrepender
do arrependimento.
Cultivo o olhar desembaraçado
as póvoas desabitadas
em mapas graníticos
que rompem as serranias
cavando os caudais
os juros colhidos dias depois
na lhaneza de uma torneira franqueada.
Invisto no imprevisto
abraço o arnês lasso
fautor de conspirações
dissipado no atestado
mentor do impudor:
o invariável coturno soturno
por falta de arrumação
por falta
de desconfiança.
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