Subiu a parada.
Não aceitou a
esmola
insinuando indigência
ingrata.
Pegou no corpo
quis levá-lo
longe,
onde nunca fora.
Não havia aspiração
desenhada em papel
nem loucura
bastante
para tirocinar
empreitadas vãs.
Que fosse um
desafio
– como desafios
vêm ter a toda a gente.
Não contou a
ninguém.
Seria um segredo
dentro do
cercado que era seu limite.
Subiu a parada.
Ao começo
sentia o pulsar
acelerado do sangue
como acontece
com o desusado.
A decisão estava
tomada.
Subida a parada
exigiu-se responder
à altura
sem ser refém da
timorata indecisão
sem se intimidar
com o chamamento
de retrocessos.
Subiu a parada
e já não havia
nada a fazer
a não ser levar
o corpo ao seu encontro.