Um rio-ponte
desfaz-se no
remoinho das pedras varonis.
Deixa de ser
ponte.
E,
todavia,
um clarão-surpresa
confere a
centelha das ideias.
Não intimida,
o caudal voraz:
as braçadas serão
fortes que cheguem.
Dirão que só um
endemoninhado
mistura o corpo
com aquelas águas
irascíveis e
geladas
possivelmente refúgio
de rochas pontiagudas
rochas de
atalaia
prontas a usar o
punhal
que das
extremidades se funde com o caudal.
Não interessa o
que possam dizer.
Em boca de cena
contra os gemidos
de amedrontados curadores
mesmo com a roupa
em cima do corpo
mergulha na
correnteza desenfreada.
Em sendo mais
desenfreado
venceu no braço-de-ferro.
A outra margem
era apetecível.
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