Os frutos sobrantes nas árvores
depois da safra
antes de apodrecerem
antes de as folhas caducas
despirem as árvores.
O outono cicia nos ramos frágeis
no exato estertor de amantes
trespassados
pelo rumorejo incessante do rio ao
longe.
Os frutos senescentes
não
são cadáveres sem proveito:
fundem-se no húmus
em presságio
de quimeras extasiantes.
Que os amantes trespassados
não
protestem com prostrações ocasionais
(que o desamor não é elemento constante).
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