Derramado
o vinho fundo
nem
os panos novos serviam
para
costura das veias sangrantes.
Li
de
trás para a frente
os
manuais a preceito;
reli
os
parâmetros dos instrumentos interiores
só
para ter a certeza
se
as bainhas quadravam certas.
Se
ao menos
o
vinho derramado tivesse aproveitamento;
se
ao menos
o
palheiro ermo não desautorizasse o porfiar;
se
ao menos
no
fundo vítreo do copo
os
resíduos do vinho fundo
tivessem
reinvenção:
a
auréola das quimeras
seria
página certa das inscrições tumulares
e
os despojos sem emprego
retornavam
ao parapeito das visões estrelares.
Não
haveria luar profundo
nem
noite madraça.
Apenas
o eu inteiro
e
a promessa
de
não ajuramentar promessas.
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