Visto
do naufrágio
e
vistas as ausentes boias de salvação
sobrava
mar de mais
e
nadar.
Frias
as águas
e tempestuosas
sinal
da empreitada abruptamente
impossível.
Os
braços não capitularam.
Passaram
a
meio da tempestade
as
frugais imagens em rol de memórias
alguns
arrependimentos
um
punhado de proezas
orgulho
reprimido
a
infatigável perseverança na espécie
os
rumores das cinzas imprestáveis
o
fogo que se emaciava no penhor das forças
e
todo o musgo dos sonhos.
Os
braços não capitularam.
Sentia
o estrépito das ondas no rosto
constantemente
esbofeteado
como
quem se desforra do pretérito
em
havendo contas por saldar.
Uma
centelha esbracejava
no
que parecia ser ao longe
entre
as bofetadas de mar
e
os levantamentos do vento indomável.
Podia
ser um farol.
Um
navio em socorro.
Não
era
(ainda)
tempo
para capitular.
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