Arrancar dos dédalos vociferantes
dos distintos nós que esperam desembaraço
com os pés
leves que se embebem na manhã
sem o medo dos vultos que açambarcam o céu
nem das fábulas
com selo das gentes lhanas
pondo nas mãos
o
prodigioso planar sobre o mapa aberto
sem esquecer
o rumorejar do mar a desfazer-se na areia
numa luta desigual
e, todavia, teimosa
para vingar no pleito
contra
musculadas divindades
feitas para dispor as contrariedades
no tabuleiro do jogo.
Sopesam-se
os ventos que não correm de feição
os remoinhos que tomam conta do corpo
a ossatura que dói
o entardecer que levanta a poeira
dos espantalhos
insistentes
e sobra
um pequeno grão de um cereal sem pertença
a idílica
fonte onde o corpo assustado
vai saciar a sede do porvir,
retomando a soberania de si mesmo.
Pois nada se contempla
no equinócio
bastardo das funções apoquentadas
sem que,
em dobro,
ouro aquecido queira de mim um regaço.
Sem comentários:
Enviar um comentário