As
asas de um noitibó
descidas
nas
ramagens agitadas
onde
um ancião se esconde do caçador.
Uma
serpente persevera entre os arbustos
e
na Nova Zelândia o curador de artes
rompe
os sacos do lixo
desenganado
com o capitalismo.
Muitos
porventuras depois
em
estilo obnóxio
com
um certo desdém típico dos lordes
o
cantor de ópera escorrega na chuva
esbarra
no rosto enrugado de uma peixeira.
Na
praia oblíqua
sem
remar contra os pesares do mundo
apenas
adestrando sua madraça condição
a
esguia manequim
mete-se
num parêntesis do pensamento.
Talvez
esteja certa.
As
explosões sem critério
desfazem
a muralha propedêutica
e
os financeiros atinados ficam sem verniz.
Muitos
porventuras depois
nas
gargântuas viradas do avesso
entre
três colheres de flor de sal
e
igual medida de um unguento secreto
os
meninos ímpares sorriem nas esquinas do dia.
Não
sabem sequer saber a dor
a
menos que um sacerdote episcopal murmure
desejos
inconfessáveis.
Os
gatos vadios sentados no telhado
apreciam
o resto.
E
as rugas anciãs
sem
ramagens onde aportar
são
peregrinas na imagem sentada
coalhando
os néctares precisos.
Amanhã
tudo seria um igual singular.
Amanhã
as
mãos seriam operárias
no
amassar da massa indiferente
e
os placards resplandecentes apagar-se-iam
por
um minuto que fosse
para
deslaçar o silêncio jurado.
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