Não sei
que batuta
orquestrou as vontades.
Não sei
por que opúsculo
levitam as notícias trazidas à pública praça,
nem por que escondidos púlpitos
terçaram suas observações.
Não sei
que crédito merecem pitonisas
arcaicamente
contumazmente
intencionalmente
mitómanas.
Não sei
das costuras
dos que se põem de cócoras
(concedo, em generosidade minha:
sem darem conta)
e bolçam desconhecimento
sobre vidas não suas.
Ainda estou para ter entendimento
sobre as vetustas incapacidades
dos inscientes que dão palco
a estes trovadores que apostrofam
vidas não suas.
Parece um imenso palco
onde se jogam
os ardis de quem de si foge
e se refugia nas
(assim supostas)
apoquentações atiradas para os contrafortes
que são o inferno dos outros,
os outros.
Como se os outros
que vidas outras sentenciam
fossem paradigmas de coisa alguma
em não passando de atores
na desarte de não conseguirem ser
personagens de si mesmos.
Quando as águas chegam às mãos
são águas impuras
fétidas
um logro onde os tiranetes
que se abespinham pelos pecadilhos outros
se despem do que são
na vergonha indizível de serem o que são
deixando à mostra,
depois do verniz destronado,
a decadência de um absoluto vazio.