14.10.15

Maestro

O sal dourado que cobre
teu corpo:
bandeiras hasteadas no lóbulo
centrípeto.
O vento fresco
acalma a fornalha estival
sem demorar o fuso do desejo.
Sem tempo a perder.
Que as mãos trémulas
cuidam da pele salgada.
A boca orquestra a dança
que sei dançar.
O resto
deixamos aos desvarios
que em nós se compõem.
A pele dourada
já não albergue do sal febril
repousa no regaço quente
que há em mim.

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