Escolheu
a
máscara de Sísifo
os
óculos do astronauta
os
sapatos verdes
os
frutos amargos.
Traficou
ideias
vetustas
portfólios
empoeirados
desenhos
em papel amarelo
cães
infantes condenados à vadiagem.
Escolheu
incenso
de flores campestres
beijos
quentes de musas ao acaso
páginas
de livros marcadas
medicamentos
perenes para as dores.
Sabia
dos
sonhos inúteis
das
ambições estéreis
das
alocuções exaltadas
da
terra queimada.
Nem
assim capitulou
às
ondas tempestuosas
aos
espinhos debaixo dos pés
aos
punhais que queriam o sangue do peito
às
noites temerárias da solidão.
Tudo
se resumia
à
máscara de Sísifo:
ou
o cais feérico da lucidez.
Sem comentários:
Enviar um comentário