5.10.15

Paris nas mãos

Os pés não cansados
na exata proporção da sede da cidade,
do tamanho da cidade.
Paris perfuma quem está
e os passos ficam curtos para a volúpia
que dá de presente.
Os dois braços do Sena
naquele lugar em que a ilha o divide em dois
abraçam-se às pedras antigas
– às pedras que foram residência
de quantos turistas?
São pedras angulares de história imensa.
Paris nunca expiou o encanto
– nem agora
que os parisienses são rasos na multidão.
Num pulsar arrebatado,
do cimo de Montmartre
com a basílica a fazer de testemunha:
Paris a nossos pés.
E nós,
com a cidade a agasalhar-se nas mãos.

Sem comentários: