20.12.15

Almanaque em branco


Tinha uma rosácea esculpida
no peito aberto.
Era um couraçado
e bebia o sal dos mares
enquanto devolvia árvores
às florestas.
Outras vezes
era um nenúfar principiante
murmurando entre as águas
pardas.
Era como se soubesse tudo
na penumbra das incertezas.
No fim de contas,
apenas tirava a medida
do desconhecimento.

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