O
cheiro a terra molhada
entra
pela língua.
Remexe
os sentidos
que
rumorejam,
em
alvoroço.
Meto
as mãos na terra
levo
os dedos ao nariz,
como
se fosse escanção
na
diligência da imensidão.
Os
dedos sujos
perfumam
as árvores tingidas
pelas
imberbes gotas de chuva.
Húmidos,
atiram
incenso
contra
as paredes de papel.
Os
braços robustos
decaem
na prostração dos sentidos.
Sem
saberem onde tomar lugar.
E
o odor regressa ao sortilégio
da fresca terra molhada.
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