De
cá de baixo
empilhados
uns sobre os outros
os
muitos trabalhos à espera.
De
cá de baixo
pareço
um grão de areia
no
sopé da montanha.
Pode
ser que a preguiça
consuma
o tempo último.
Pode
ser que não haja luzes radiantes
a
povoar o porvir.
Em
sabendo que a inação é timorata
devolvo-me
aos trabalhos em espera.
A
montanha não atemoriza.
E
ainda que labirintos haja
nos
alvores da empreitada
o
amanhecer dissolve as tergiversações.
A
montanha soergue-se
alta
tão
alta
que
sobe acima do que o olhar alcança.
–
Mas isso são outros quinhentos,
segredo
àquela parte que lobriga
o
punhal que desfeiteia a bruma madraça
que
embacia as mãos.
De
hoje para amanhã
a
empreitada terá um começo
–
um recomeço,
corrijo,
ato contínuo.
A
tão alta montanha não assusta.
Ela
embebe a medida de todas as medidas:
um
cálice de doce vinho tardio
e
as palavras encorajamento,
o
incentivo maior.
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