É
outro o dia
e
há maior proeza
que
contar mais outro
no
rol, já longo,
do
tempo desembaraçado?
Se
andasse à procura de um norte
diria
que vem anelado
à
bruma macia que se deitou no rio
à
medida que o rio estima o desaguo.
Quando
o leito do rio
se
funde no mar que o abraça
e
atrás do horizonte escondido,
atrás
do fio último do mar,
ferve
o ocaso.
Sabendo
que
a penumbra depois
convoca
o acerto de contas
com
o dia que findou.
Na
mesma penumbra
medra
o tempo nascente.
O
olhar desipotecado
que
encontra templo
no
dia amanhã.
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