Que
o diabo tem cauda afiada
e
tez vermelha
não
é motivo de importunação.
Os
demónios assomam
quando
menos contamos
e
nas formas menos previstas.
Não
haja pânico.
Em
cada um de nós
habita
um demónio
– talvez não rabudo,
talvez não ruborizado na epiderme,
talvez, até, não maldoso.
A
páginas tantas
saciamos
a comiseração dos diabos
dos
que há em potência
e,
por contágio,
dos
que exercem a inteiro tempo.
No
fim da página
as
diatribes merecem nova semântica:
não
são atos travessos
nem
atavismos
malsinados
por moralistas conservadores;
são
só
provocações
mordazes.
E
assim
como assim:
quem
nunca se sentiu inteiro
ao
decair para demónio?
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