Por
um lado
os
autores da boa moral.
Desconfio.
Uma
moral fica rasa de bondade.
Uma
moral,
ao
querer ser moral,
esvazia-se
de bondade.
Mas
–
e depois –
por
que precisamos de bondade?
Por
outro lado
as
leituras que decifram
a
antítese da bondade.
Instintos
maus
maldade
perversa
malvadez
militante
e
pessoas a sofrer.
Não
não
se recomenda a maldade.
Mas
não nos defendamos
com
sermões bolorentos
invocando
o fungo da bondade.
Deixemos
o resto à semântica;
a
uma reinventada semântica:
pois
talvez
seja
apenas uma questão de demarcações,
o
bastão da maldade
derrubado
pela generosa bondade
(mas
até podia ser ao contrário).
Sobra
o
estalão dos conceitos
e
a profusão de juízes dos demais;
coisa
desnecessária,
em
remate de ideias.
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