Explode
na boca
um
trunfo cheio de demência
sob
o ocaso das árvores madrastas.
Explode
na boca
enquanto
o entardecer se deita no mar
e
a luz dá o braço a torcer
a
pirómanos audazes.
Um
trunfo
desimportante
por ser desabitado;
e
as árvores gentis
amolecem
a boca ressequida
enquanto
o mar se mistura com o céu.
Espera-se.
Espera-se
pelo comodato do peito
um
cinturão justo cheio de esmeraldas
e
um braço revigorado pela madrugada alta.
Espera-se
sem
outorgar alma
aos
contratempos desassisados.
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