Não é a privação da fala
oráculo a meia-haste,
um atestado artesanal.
Não é a promoção do medo
calendário com arestas,
um esconderijo banal.
No papel amarrotado
as linhas direitas leem-se
no dorso da escrita
e esta desobedece da fala
em pensamento cravado.
Não é a privação do pensamento
o vaso cavo,
sem água
a meia-noite à procura de relógio.
E o tempo,
apavorado,
emudeceu.
Sem comentários:
Enviar um comentário