De ciência certa:
não desbotou
a aurora boreal
e de meu passo
e em meu regaço
se fez o sherpa de ti.
Alpinistas,
que paredes alcantiladas
já nos foram propostas
e todo o frio do mundo
impossível embaraço
contra a força sem medo
o viveiro das palavras-argumentos
a esteira onde são archotes
os olhos nossos de atalaia
na insuspeita fala de que fazemos
versos
no oráculo de nossos corpos
a neve que fundem
no sortilégio de sua combustão.
Sherpas
em recíproco legado
a ternura amuralhada
contra os estados de sítio
que apenas sitiam
orfandades
miseráveis de todas as condições
usurários da bondade
falsários sem dentes mercê da mentira.
Sherpas
com o colo preenchido
pelo sermos a mais alta bandeira
que sabemos hasteado em nós.
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