Fosse a sorte
a fonte sortilégio
em que tudo se brinda
fosse a sorte
a revolução sem sangue
a tábua onde repousa o fado antecipado
um amplexo com a agenda sem rosto
e saberíamos das horas a tempo.
Fosse a sorte
a tradição sem memória
e saberíamos a cor das grutas
o sabor das palavras das páginas seguintes
o tiro no escuro
que é desprazer de um oráculo.
Não diremos nada à sorte
para não sabermos
o que é a des-sorte.
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