De árvores refúgio
antes dos quandos que interrogam,
ou a clareira
as árvores sem lugar
ou as árvores surdas,
e das bagas recolhidas do chão
o sumo que se bebe,
no inverso da sede.
Das árvores desenhadas
nos contornos das nuvens
sobram páginas mudas:
alturas há
em que o silêncio
se acastela nas fundações da fala
e fala mais alto
do que páginas mudas.
Deixam-se as palavras
para as árvores alinhadas
no dorso do rio.
Amanhã
uma distância depois
apanham-se as palavras
infladas,
adubadas pelo rio vagaroso,
antes que o rio se perca no mar.
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