Hoje
soube pela minha sobrinha infante
que já era hoje
quando deu pela aurora.
Perguntei-lhe,
na despedida,
quantos hoje faltam
para ser o próximo hoje
em que nós vamos rever.
Sentado na esplanada
com muito pouco para fazer
soube-me ocupado
pela descoberta da minha sobrinha.
O hoje redescobre-se
quando sabemos que já é hoje.
Estultícia
é deitar um hoje a perder
só por estarmos convencidos
que temos muitos hoje de crédito.
Desgraçadamente,
e num laivo de excessivo otimismo
(ou de demência irracional),
nem contamos
que o hoje que é hoje
possa ser o último em crédito.
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