Que é feito das maldições
da abreviatura da vida
da espuma em vez de verbo
da diagonal que entronca no mar
do tecido baço no coldre dos puristas?
Que é feito do mosto quente
dos poros suados
das barragens de medo
dos almirantes sem espada
das entranhas em tira-teimas?
Que é feito dos sábios sem manual
dos protótipos dos loucos
das desonras a desoras
das fumarolas expiatórias
do magma que vem às pontas dos dedos?
Não sou feito da mesma massa
e, todavia, vejo os antípodas do centrípeto
como a casa central
a peça do xadrez movida sem consentimento
diadema extravagante pousado no canto,
escondido.
Não tenho apostas no mais vão de mim
e das cordas apertadas cobro meu arnês
antes que o ocaso seja um logro
e das mãos suba aos pesares
o arrependimento contumaz,
escusado.
Não sou da mesma massa feito
e da ossatura retenho o fio de prumo
o aplauso sem peias às proezas guiadas
sem a escusa da chuva
sem o amparo das preces,
retiradas.
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