Não é muita a comoção
nem a rendição arregaça mangas
que do opúsculo achado no alfarrabista
devolvo a mim as palavras em olvido
pétalas sarcásticas que chovem na aridez
e denunciam os apetrechados mastins
da gongórica oração.
Não é muita a ilusão
nem a profusão de manhãs sem alecrim
que no teatro do olhar resgatado a um anão
transcendo os poemas em levitação
frutos oníricos que maduram na planície
e convocam os adestrados sacristãos
da protuberância irrisória.
Não é muita a mistificação
nem a calcificação arremata certezas
que na plateia destronada por teimosos
ideio os socalcos que desenham as almas
navios alinhados no horizonte mareado
e patrulhas dos faróis vigilantes
da folclórica persuasão.
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