Que sombra sou
na boca da maré
que fantasma em mim se leva
na pele que pétrea se faz
timoneira do devir que se açambarca
num desvio da maresia?
Que jura
não consigo ser
no tempo inverosímil
nas candeias apertadas contra o labirinto
neste sudário
onde se enxaguam as mãos?
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