Os nomes
não importam.
Não se fale
de extorsões
que se fingem
de incenso.
Um nome não é
o sangue
que habita as veias
as esporas que se atiram
na projeção do horizonte
e desembaraçam
janelas com artesões
não é
um nome
o esconjurar
supersticioso
do medo de sermos ninguém.
E, todavia,
quantos nomes há
que são apenas
ninguém?
Quantos
são os nomes
esquecidos
na almofada do tempo
na incúria da memória
num adeus inconfessável
no dorso de uma montanha
escondida nas ameias da noite?
Os nomes
não passam
de uma expropriação de almas
que se diz de o serem
depois de serem um labirinto
num nome.
Os nomes
se não fossem um cárcere
podiam importar.
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