Do alambique
os pontos e vírgulas
que suspendem o passado.
Aros perfeitos
que incendeiam o ocaso
nos sinais sumptuosos de solidão.
Os povoados
engalanam-se para a sepultura
sem saber que são exímios candidatos.
Da parte dos algozes
uma impúdica avareza de almas
sem direito a voz em pleito.
Da garrafa coeva
o artifício das mentiras enfeitadas
no arsenal de labirintos insondáveis.
Nem de arnês
se fala nos corredores sombrios
a rendição é o idioma vencedor.
Perdedores
os inocentes arrematados para o pelourinho
desnudam as vozes cansadas.
Oxalá fossem
mercadores de futuros os forasteiros
e deles se falasse por cima do presente.
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