Amanhece
na boca
o sol posto.
Às coisa demais
digo do menos
digo
em sílabas ímpares
as cadeiras vilãs
máscaras em adiamento
um bocejo arqueado.
Sobre a janela
o mar tardio.
Sobranceiro
um pescador
fiador da sua solidão.
Se vier
a maré esperada
o anoitecer tresmalhado
deixa em magma vivo
o orvalho averbado.
Anoitece
e o crepúsculo desmaiado
anuncia um luar
maior do que o céu
que o recebe.
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