Soou o ciciar de um fantasma
na fortaleza que guardava a noite
e do pano gasto resgatou o olhar
embaciado.
Suou no crepúsculo do pesadelo
que enfeitiçou os sentidos
enquanto a lava açambarcava
o sangue.
Muda a janela sobre o mundo
apunhalou pelas costas os mastins
em metódico gesto de reparação
do indevido.
Muda de máscara, gasta,
antes que um cortejo de seráficas personagens
o traga para o pelourinho em sede
de julgamento.
Cala todos os silêncios amaldiçoados
a fonte de rebeldia sentada à margem
sentado na coreografia embainhada
nas desregras.
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