16.2.23

Ilegível

O rumor visceral

nada entre as juras quiméricas

nada sabendo dos oráculos promitentes.

Desfazem-se as palavras

num manjar de confettis permanentes

enquanto as dádivas se sujeitam a sindicância.

E alguém diz

que outrora é que as saudades fermentavam

consumindo por inteiro um doravante em olvido.

Faça-se do adro

fábrica de emergência

que o tempo não espera por formalismos.

 

Componham-se as estrofes acarinhadas

em profecias depressa desmentidas

por vultos desmaiados.

Juntem-se as lágrimas arrematadas

em sonhos sem sombra de lustro

e copiosas promessas.

Oponha-se aos vaidosos estroinas

a predileção pela fonte erma

perto do santuário derruído.

Tornem-se luminosos os versos avulsos

a licença que dispensa carimbo

a caminho da irrisão.

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