A fogueira crepita,
o único embaraço
ao silêncio.
O vinho voraz
deitado no sangue
a combustão empenha-se
nas palavras.
O frio fundo
foi deposto
e lá fora o luar
serve-se da solidão.
Oxalá tudo fosse
assim sereno
deserto
sem a vozearia infinita
sem os arautos do fingimento
apenas
um punhado de exilados do dia
que, como gatos vadios,
celebram a cidade como ermo lugar.
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