O mar
parecia o verniz do dia
como se fosse possível
emoldurá-lo.
A maré
cercava as rochas
um cerco de sal e linhagem
imperturbável.
O rio
queria saber do sal do mar
enxertando-o de imodéstia
e soberba.
A lua
era testemunha à distância
ainda mergulhada no seu sono
diurno.
A Primavera
já mais do que um esboço
deixava em legado as suas páginas
aveludadas.
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