Corpete de caramelos
na autoestrada cheia de esquilos,
o embaraço do timoneiro
contra o mendigo erudito
em sucessivas palmas cinéfilas
no avatar desemoinhado.
Um falatório sem igual
as falas segredadas pelo ponto imóvel,
o arcaico pajem em circenses meneios,
que serpenteia as tábuas redondas do palco
e esgrime o cardápio prometido
em ufanas, místicas celebrações da confraria.
Safa-o
não a safadeza da litúrgica mitomania
nem os esgares bem compostos
da solene gravitas
(e muito menos
o desembaraçado moço de recados
em diligente influência dos plumitivos);
safa-o
o corpete de caramelos
em oferta deixado aos escrutinadores,
aos distraídos escrutinadores
embalsamados por um qualquer feitiço,
peixes inertes
deixados ao acaso
numa rede morta.