A curva do rio
retém os minutos,
deseja ao tempo
que seja refém
da sua suspensão.
Ontem
era o rio soalheiro.
Hoje
o rio bendiz a chuva,
que não apetece demorar.
A curva do rio
indiferente
pereniza uma certa ideia de deificação
e os olhos testemunham
barcaças indeléveis
de um torpor lisérgico.
Sem comentários:
Enviar um comentário