A nortada abençoa os corpos trémulos.
O sal incorpora-se,
torna os corpos fortalezas preparadas
tirocínio contra os rombos fáceis
e ladrões sem medida dos escrúpulos.
A meias
a fatura convidativa
é um penhor hasteado que sobe à maré
investe no seu epílogo como farta recompensa.
Não se congeminam adiamentos.
A rosa na mão
intervém a favor dos desejos
convoca a chama árdua que resiste ao vento
e no desassossego da tempestade não desisto,
não desisto das ruas apinhadas
dos jornais sem desenho de catástrofe
das preces ditas pelos outros,
a seu favor,
em meu esconjurar de demónios.
Abandono os noturnos sons guturais
e preencho as palavras com ouro interior
lágrimas asseadas
trovoadas intempestivas e balsâmicas
o estorno de um eu
aprazado para memória futura.
Concebo as alvíssaras diuturnas
no mais puro anoitecer mudo.
E jogo-me
às excêntricas avenidas que desafiam o mar,
inteiro,
peão que seja,
de atalaia aos julgadores sem remorsos.
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