Sou o lápis que desenha
os mapas de quimeras
no teu dorso trémulo,
vitamina sem paradeiro
rédea solta no meridiano de ouro
à espera do chamamento
à espera
do vulcão sem freio
da boca empenhada
das bocas que se tumultuam
à espera
de fazer jus
ao santuário que de ti fiz
rainha coroada nos meus dedos quentes
para das noites sem medo,
diligente algoz da vulnerabilidade,
erguer o cálice
de onde a seiva se ordena
num pulsar torrencial
desenhando outros mapas
no teu trémulo dorso.
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