O basalto não tingia as mãos.
A heresia da vergonha,
essa sim, conseguia-o,
uma emboscada sem número atribuído.
Na varanda da tarde
uma madeixa de vento arrefecia o rosto.
O avesso tornou-se um vulto habitável
e por outras linhas se lia a pauta,
reescrita no paradeiro atempado.
Já não dizia
“só tenho as mãos”.
Agora
as mãos são à prova de balas
e nem o basalto deixa marcas.
Sem comentários:
Enviar um comentário