Armadilho a escotilha
o refinado senso das imagens pressentidas
e combino com a fartura
uma conferência de estados
para neles as almas se tornarem paradeiros.
Podem não acordar sobre as vidraças
onde repousam,
em escrita cuidava,
os pontos cardeais do negociado;
podem desencontrar-se
em apeadeiros divergentes;
seguir-se-á a porta giratória
o falível inventário da vontade
possivelmente
um arcano lugar sem mapa.
Os penhores afidalgam-se
pressurosos
no balcão de onde anteveem o deleite.
Estiolam as rugas
e em seu favor
concorrem às incinerações que desafogaram
as chuvas gastas de antanho.
As portas giratórias
escondem uma constelação de espelhos
um harmónio que se desdobra sobre si mesmo
a metáfora dos disfarces que desfilam
no dorso de uma culpa mal fingida.
É essa a serventia
das portas giratórias.
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