Compõem-se
os termos que somos
e da luz baça
vertemos a manhã.
A pele guarda o húmus.
Debaixo dela
arranjamos a força
cuidamos do dia
insistimos na frágil condição
todavia
a fortaleza em que assentamos.
Do diâmetro das palavras que dizemos
solicitamos o olhar
as mãos pares
e deixamos aos corpos
a sua própria gramática
o sangue sem medo
bandeiras que arrebatam as cores.
O amor traduz-se
na linhagem dos amantes.
Esta é a nossa embriaguez.
O sortilégio de que temos a chave.
Um poderoso combate
em que não demos tréguas.
Os contratempos
são a medida exígua em que nos movemos,
o desafio de que não somos párias.
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