Morde os cantos da terra
a simetria da lua ferrada
enquanto trepas ao trono desembaraçado
e emudeces a pele macilenta
desde o templo das sombras.
Foge célere dos embaciamentos atapetados
dos curandeiros das almas
dos mastins desençaimados que ostentam
arrogância
(julgando-a saber)
das capas densas escondendo
os vultos aguados.
E espera.
Espera sem dar o flanco à impaciência.
No dealbar do tempo
destronas a podridão dos outros,
a podridão em que insistem medrar.
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