Os
segredos mordem com dentadura de sal
em
passando doidivanas crianças na praia.
Segue-se
um hiato temperado
o
caldo fervente com as letras amputadas.
De
hoje para amanhã,
quando
soluçarem as viúvas eternas
e
os desamparados da rua recolherem víveres,
os
segredos possam evocar grandezas fátuas
memórias
abrilhantadas
com
a inutilidade da história
e
histriónicos penhores da dita
que
nunca dela se esquecem
e
juram que o oráculo dourado está na história.
Dando
de barato as futilidades dos presunçosos
e
os frutos sem polpa recolhidos das árvores
dê-se-lhes
um periscópio com lente límpida;
pode
ser que tirem partido do tempo que há
e
parem de defumar o pretérito
em
ladainhas insulsas.
O
periscópio:
ferramenta
que deslaça as traves dos segredos
em
levitações perfunctórias.
Sem comentários:
Enviar um comentário