Num
tripé em vez da noite
de
atalaia às sombras que invadem
a
madrugada.
Os
gritos ao longe
sussurram
pungentes ocasos
reparando
injustiças de outrora.
Não
sei a que braços
me
hei de ater:
se
aos braços cansados e vigilantes
se
aos braços desocupados
que
passam as palavras a pente-fino
e
passam a palavra a quem passa.
Talvez
pergunte ao gato escondido
talvez
faça levar a inquirição
a
um mendigo doutoral
talvez
pergunte à lua que espreita
entre
duas nuvens.
Mas
se
a noite traduzir uma pele enrugada
enquanto
mastros vistosos sulcam o mar
talvez
traga
a meus braços a sede do saber
um
beijo no rosto frio e adormecido
as
paredes sujas do quarto mais longe
as
uvas brancas quase podres.
Seja
num promontório
onde
escuto o silvar do vento do norte
ou
no tripé
que
aguenta os olhos estremunhados
pela
maresia.
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